Vinhos tintos 

Vinho Tinto, caracterizado por sua cor sangüínea, o vinho tinto é produzido a partir da fermentação do suco, ou mosto, extraído de uvas pretas ou tintas. Para a sua produção, é necessário que ocorra a maceração das cascas das uvas pretas no mosto, com o objetivo de conferir-lhe a cor e o sabor característicos. A maceração das cascas nada mais é do que deixá-las descansando no mosto. O tempo de maceração e o tipo de uva utilizado é que irão conferir o tom de coloração e a intensidade do sabor do vinho tinto.

Método de produção

Depois de colhidas e selecionadas, as uvas tintas passam por um processo de prensagem, realizado normalmente por meio do uso de rolos cilíndricos. Nesse processo, produz-se uma pressão controlada, que permite o rompimento da casca dos frutos, formando o mosto.

A seguir, o mosto passa por uma desengaçadeira, na qual são retirados os engaços: os pedúnculos e as ramificações do cacho de uvas: para impedir um aumento indesejável do nível de tanino. O mosto é, então, bombeado para os tanques de fermentação, que podem ser feitos de aço inoxidável, madeira ou cimento.

Nos tanques, é feita inicialmente a sulfitagem: o acréscimo de anidrido sulfuroso (SO2), que impede a oxidação do vinho. Inicia-se, então, o processo de fermentação alcoólica, com a ação das leveduras sobre os açúcares do mosto, transformando-os em álcool etílico e gás carbônico. A presença do gás carbônico mantém as partes sólidas do mosto na superfície.
Paralelamente ocorre a maceração, que consiste na permanência das cascas das uvas em contato com o líquido para dar cor, aroma e sabor. Ao final desses processos, o vinho é separado da parte sólida. As partes sólidas passam por uma prensa, Vinho Tintoproduzindo um vinho de qualidade inferior, apelidado de “vinho de prensa”.
O vinho de qualidade superior vai para uma cuba de decantação, onde passa por uma segunda etapa de fermentação. Após essa etapa, os chamados vinhos ligeiros, de consumo rápido, seguem para a filtragem e o engarrafamento; os vinhos ricos em tanino, chamados “vinhos de guarda”, vão para tonéis de carvalho, para amadurecimento e envelhecimento.
Devido à sua porosidade, o carvalho dos barris permite a oxigenação do vinho. O envelhecimento em barris de carvalho proporciona uma mudança no tanino do vinho, conferindo-lhe um sabor “redondo”. O carvalho proporciona ainda um aroma de baunilha ao vinho.
Principais tipos de uvas tintas

Barbera: Nativa da Itália.

Cabernet Franc: Originária de Bordeaux e da região do Loure, na França. É encontrada também no Brasil.

Cabernet Sauvignon: É a mais nobre e a mais famosa uva tinta do mundo, dona de uma cor intensa e de um alto teor de tanino. Seu cultivo, que iniciou-se no século 18 em Bordeaux, na França, espalha-se hoje por diferentes continentes, encontrando condições adequadas em terras da Itália, , Espanha, Estados Unidos, Austrália, Brasil, Chile e Argentina.

Gamay: É famosa pela produção dos Beaujolais da França.

Grenache: Trata-se de uma bastante viajada, sendo encontrada em diversas partes do mundo. Tem origem no sul do Rhône. Na Espanha, adquiriu a alcunha de Granacha. Também é bastante cultivada na Califórnia e na Austrália.
Malbec: Variedade de Bordeuax, na França, que se deu muito bem em terras argentinas.

Merlot: Também presente nos vinhos de Bordeuax nos últimos séculos, atualmente é produzida também em diferentes regiões do mundo: Califórnia, Chile, Austrália, Argentina e no Brasil.

Nebbiolo: Natural da Itália e restrita à região norte do país, produz os vinhos Barolo e Barbaresco.

Pinot Noir: Plantada na Borgonha, onde também serve de base para a produção de champanhes, tem sido cultivada em outras regiões, obtendo resultados inferiores aos da terra natal.

Sangiovese: Base dos vinhos Chianti, é encontrada em toda a região central da Itália.
Syrah: Tradicional da região do Norte do Rhône, na França, é conhecida pela longevidade que confere aos vinhos. Na Austrália, obteve a denominação Shiraz.

Tannat: Originária do sudoeste da França, encontrou condições propícias para seu cultivo no Uruguai. Também pode ser encontrada no sul do Brasil.

Tempranillo: Natural das regiões de Rioja e Ribeira Del Ruero, da Espanha.
“Mundo do vinho”

É… O mundo não se resume ao curioso Sangue de Boi 😝

Tipos de vinho – Os brancos

imageInfinitos tipos de vinhos são produzidos, porém você não vai encontrar dois vinhos iguais.

Clima, geologia, assemblages, varietais, ainda temos que contar com legislações específicas e rígidas.

ESPUMANTES

Vamos passeando pelos espumantes  e nem vamos nos preocupar com a região de Champagne, onde o espumante é o único que pode usar esse nome.

Temos Cava (Espanha), Sekt (Alemanha), Prosecco, Franciscorta (Itália)…. E velho e novo mundo vão se encontrando.

O frescor das pérlages, a maciez na boca, sensações inesquecíveis.

BRANCOS

-Os de médio corpo, sutis nos aromas, complexos na boca, acidez provocante, os sabores variam de acordo com a uva, mas avelã, o cheiro de pedra molhada, baunilha, cera de abelha, cítricos, limas da pérsia.

Quase transparente, com nuances esverdeadas.

Chenin Blanc me traz boas lembranças.

-Brancos acompanhados de estrutura e sabores mais acentuados, sensuais.

A cor é dourada na taça.

Pode esperar aromas de pêssego, nectarina, abacaxi, algo que vai nos fazer lembrar de amanteigados com mel.

Os que são bons acabam encontrando o equilíbrio entre o álcool e acidez, tornando-os equilibrados e saborosos.

Chardonnay Californiano é minha dica.

-Brancos leves, vivos e secos

Trazendo no nariz maçã verde, cheirinho de grama recém-cortada, pedras molhadas em um dia de chuva no Novo Mundo.

Cores pálidas esverdeadas

Na boca ficam bem acentuados os sabores de frutas cítricas, pera, maçã verde.

Pinot Grigio sono io !

-Brancos aromáticos, florais, seco a meio-doces

O mel é perceptível, mas não se assustem, aromas fenólicos como querosene, notas cítricas e defumsdas, rosa, livhia, amêndoas.

Forte na tonalidade de amarelo palha intenso.

Riesling  Francês um dos bons motivos para saudáveis opiniões dos amigos.

Ainda há tempo e dias com temperaturas quentes e moderadas para prová-los sem preconceitos e observando suas características.

Sugestão de segunda-feira, já que todo dia é dia de compartilhar boas conversas e vinhos.

Recomendação :

02 taças para homens

01 taça para mulher

60ml por taça.

Moderação e consciência é sempre bom.

MISTÉRIO E ORIGEM

A imaginação humana não respeita horizontes e limites.

Que espetáculo!

A curiosidade nos leva a observação, a experimentação, nosso nível sensorial com certezas e dúvidas, viajam no tempo e com coragem.

Qual a origem dessa bebida simples e tão complexa ?

O vinho segundo estudos provavelmente surgiu nas montanhas do Cáucaso, na Geórgia Soviética.

6.000 anos antes de Cristo, aqui encontramos as evidências do armazenamento da uva, nas montanhas de Zargus, oeste do Irã.

E daí????

Junto com as necessidades, ambições, filosofias,   lá se vai essa planta, produzindo frutos diferentes; a mão do homem foi só o transporte…. Soberana, cria características que são controladas pelos climas, solos.

O universo evolui e com ele tudo o que somos e temos. Assim foi com a uva, assim foi com o vinho, novas podas, novos estudos e experimentos, técnicas… Pasmem! Ela evoluiu de acordo com nossas preferências.

Atinge nossos dias com sucesso, terroir devidamente classificado, fermentações, interferência dos mais estudiosos na guarda, nos barris….

Ahhhhh ! O aroma de cada uma delas.

Ahhhhh! O sabor, o corpo, seja o vinho com 100% de uma única cepa, um varietal … Tanto faz.

O vinho esse mistério e poesia engarrafado, segue cercado de cuidados.

Só para o nosso prazer ! image

Sou Pinot Noir

imageVinho se compartilha.

Só teremos vinhos ruins enquanto tivermos maus bebedores. Nelson Pereira

Não basta dizer que gosta de tomar vinho. Essa bebida preciosa requer conhecimento, estudos, mapas, taças, saca-rolhas adequado, calma, muita calma.

Degustar um vinho é sentir prazer, é ter olhos para o brilho, a cor, aromas e bouquets tão variados, que o paladar explode em sensações inexplicadas.

Sim, o melhor vinho é aquele que você gosta, com certeza uma ou mais uvas identificam-se com você.

Aqui entra a calma, a observação, olhe o rótulo.

Uma única uva? Um assemblage?

Só você tem a resposta.

Um brinde